segunda-feira, 6 de outubro de 2025

POESIA ADÉLIA

MANOEL HERCULANO 


Se é para falar dela, confesso, acho de muito bom grado 

Falar da poesia Adélia, é estar na cozinha com a Prado 

Degustando versos de panela, saboreando um bom prato 


Caseira, casamenteira, tem um quê da gente, de toda gente 

Poesia que nasce em casa, de parto normal, vida acontecendo 

Numa casa alaranjada, constantemente amanhecendo 


Ela segue encantada, se reconhecendo mulher desdobrável 

No improvável universo onde cotovelos se esbarram 

Olhares cúmplices narram seu dia com frases de carinho 

E coisas prateadas espocam feito amor feinho 


Dona de casa filósofa, Dona Doida das Minas Gerais 

Com poemas dos quintais e alguma coragem 

Encheu de cotidiano as páginas do livro Bagagem 


Poemas divinos, Divinópolis 

Jardim de ora-pro-nóbis

De onde jorram versos igual um chafariz 

Simples e vencedores do prêmio Machado de Assis 

Coisas de quem nasce com fé e dom 

Abençoada mulher, bênção de Drummond 


Num dia a dia inspirado, sentimento nem quer discutir 

O coração disparado, de professora ao prêmio Jabuti 

Também, com uma mãe que cozinhava, mas cantava 


Ainda bem, ideias e desejos se movem 

Porém, melhor que fatia de bolo

É saber que Deus é mais belo que eu, e não é jovem 

Isto sim, é consolo 


Miserere, que o bom humor nos tempere 

Das premissas às missas 

Poemas escritos a plenos pulmões 

Tão irrestritos que chegaram a Camões 

Adélia, esses prêmios e aplausos são dela 

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E após tanto tempo, de volta com esta homenagem para Adélia Prado, poema que fiz para falar em minha apresentação na Flist / 2025, no Parque (das Ruínas) Glória Maria em Santa Teresa, RJ. Ela e Milton Nascimento foram os homenageados, para ele fiz pot pourri. Falei e entoei poemas no palco externo. 

Quando/se publicar em livro, pretendo rever. Já tenho 3 livros publicados: Ô de Casa - Rio Maranhão, Todos são Poetas na Praça, Poemas são Destinos. À venda somente comigo, na #QuitandaMH

Até qualquer dia!

Meu Instagram: @poetamanoelherculano

🌎🙏🏽📚🌵🌴⛵️🎭🎶

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

FIRMEZA, SIM?

MANOEL HERCULANO


E o rio foi ao encontro do mar
foi se derramar em prosa e poesia
Água corrente, árvore contente
tudo registrado na memória da gente
Após Ler e Contar, Contar e Ler de manhã
e no Proler, com sua longa barba de lã
foi para outra freguesia, fez a Travessia
mas nos deixou seu memorial
cheio de luas, ventos e luzes, aurora boreal

Atravessou rios acreanos, tantos anos
acenou no rádio, teatro, fez outras trajetórias
pelos rios do rio Branco
Rio de Janeiro, Rio de Histórias
E foi assim até o meio daquela tarde
em que uma pipa sobrevoou o céu
quem viu, quem ouviu, tirou o chapéu
para as cantorias, alegrias desde criança
e nas andanças com suas delícias e dores
ou nas palavras dos Veínhos Narradores
Porque Avô + Avó = A voz
É Nós, e as Lembranças Amorosas de mim
com as cartas na mesa e firmeza, sim?
Como se não bastassem tantas bonitezas
mandou caiar sua Casa da Leitura
caiou de amarelo, tons singelos de literatura

Oficinas, livros, encontros de afetos vivos
tudo está nos Guardados do Coração
Aquela trouxinha de carinho e oração
aquele grão de areia entoado até o fim
arroz e feijão roxinho, receita de pudim
Ajuntou todas essas delicadezas
com as cartas de quem conseguiu escrevê-las
e seguiu piscando para as estrelas
Enquanto por aqui, nossas saudades
outros versos ainda rabiscam
Ele pisca, elas piscam, ele pisca, elas piscam...
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Voltei. Com este poema em homenagem
ao Francisco Gregória Filho, que nos 
deixou dia 12 de Novembro de 2022.
Ele escreveu a orelha da segunda edição
do Ô de Casa - Rio Maranhão. E no mais,
sem comentários. Só gratidão e gratidão!
São 18:30h do dia 19 de Janeiro de 2023
Rio de Janeiro
MH 








sexta-feira, 5 de agosto de 2022

POEMETOS para novo livro

 MANOEL HERCULANO


                                              PALAVRA

Toda palavra pede silêncio para ser ouvida

Ser condenada ou absolvida

Para ter vida


                                         REALIDADE

Quem quer tornar sonho realidade, foca

Quem quer ficar na saudade, fofoca


                                  PARLAMENTAR

Mas ele é parlamentar

Ou é pra lamentar


                                       EXCELÊNCIA

Às vezes o mundo desaba

e a alma, em sua essência, fica nua

Um sonho inteirinho acaba

mas a vida, em sua excelência, continua

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*** E depois de mais algum tempo passado, volto com esses poemetos,

que estou selecionando para o novo livro, POEMAS SÃO DESTINOS,

que lançarei este ano em comemoração aos meus 15 anos de Poesia,

completados dia 29 de junho. O terceiro livro! Hoje são 5 de agosto de

2022, 17:15h. E JÔ SOARES partiu esta madrugada em SP. Luz e Paz!

segunda-feira, 14 de março de 2022

segunda-feira, 8 de março de 2021

DE NOVO EM CASA

 MANOEL HERCULANO 


Renovar é ação, é renovação

renascer numa segunda e nova edição

Sim, o filho nasceu novamente

e neste renascimento

uma nova mente

renovada por cada semente

daqueles poemas semeados pelas estradas

que atravessaram dias

extravasaram nas madrugadas

com muito mais vigor

para celebrar todo verso que vingou

Novidades reescritas, redescobertas

manuscritas na imaginação em noites desertas

Foi então que o ano terminou

e a poesia teimou em continuar

mas nada do ano novo começar

nem desanuviar

Dois mil e vinte e um é mais que 20+20+1

é um ano pedindo tempo para revisão

para rever a visão, a empatia

a comunicação telepática da tecnologia

tempo de se voltar mais e mais à poesia

E eis que um livro gerou outro livro

um verso, frente e verso, capa e cara de alívio

Orelha, prefácio, miolo, rodapé

parece fácil

mas página por página

cada poema profetiza sua fé

Renasceu perfeito, apenas um ou outro defeito

filhos, já proclamaram, melhor não tê-los

ah, mas como é bom reconhecê-los

E agora vai, meu novo velho livro

vai na boa, na paz, voa mais

foge daquelas estantes arquivo

Vai de mão em mão

fica nas memórias

leva para outras paragens

parágrafos de mensagens

e na volta me conta novas histórias

Pra isso te liberto neste mundo vasto mundo

segue renascendo, meu capítulo segundo

te dou minha palmada, nada de palmatórias

Agradeça sempre as palmas

e não esqueça, poemas são portais

uma vez abertos

atingem mentes, corações, almas

tornam-se reles imortais

Então, se quem casa quer casa

não se avexe

se achegue feito abraço que aquece

estamos de novo em casa

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VOLTEI, após meses!... Aliás, mais de um ano!?!... Com este poema que escrevi para

a segunda edição do Ô  DE CASA RIO MARANHÃO, que

sairá agora em ABRIL. AMÉM!

Rio, 08-03-2021

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

PROFISSÃO

MANOEL HERCULANO


Olá, professora
como vai esta profissão
outrora tão promissora?

É certo que segue a procissão
mas nesses tempos de vai e vem
entra e sai
Dona Educação parece não saber
para onde vai.

Tempos de pedágios, presságios...

Quero uma aula consulta
que pegue o poema de calça curta
para unir os versos deste Rio
no universo, na UniRio.

Com a museologia da imagem e do som
o velho, o novo e um Natal bom.

A metodologia da comunicação
um Ano Novo com mais poesia
muito luz, câmera, ação!

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De volta, com este poema em homenagem à
professora/amiga oculta Ana Lúcia de Castro,
na Roda de Leitura Quintelena.
Meus livros TODOS SÃO POETAS NA PRAÇA,
e Ô DE CASA - RIO MARANHÃO continuam à
venda somente comigo. Poesia! Salve!
São 19:30h do dia 6.12.2019
Contatos abaixo.
Abraços.